As novas diretrizes brasileiras para colesterol e hipertensão mudam a forma como médicos e pacientes devem enxergar o risco cardiovascular. “Hoje sabemos que mesmo valores intermediários de pressão e colesterol aumentam o risco de doenças do coração. O ideal é agir antes que o problema se instale”, alerta o Dr. Murilo Meneses, cardiologista do Einstein Goiânia. “Quando identificadas alterações, é possível tratar mais cedo, reduzindo significativamente ocorrências como infarto e AVC, que continuam sendo as principais causas de morte no mundo.”
Colesterol: o risco de cada paciente deve ser avaliado de forma personalizada
Os novos parâmetros para o colesterol incluem metas mais rígidas e a adição de novos exames, como lipoproteína(a) (Lp(a)) e Apo-B, para uma avaliação mais personalizada. A nova diretriz adota o PREVENT Score, ferramenta que calcula o risco cardiovascular individual, como história familiar, presença de placas na carótidas e inflamação. De acordo com o score de cada paciente, as novas metas para o LDL ("colesterol ruim") são: baixo risco (abaixo de 115 mg/dL), intermediário (abaixo de 100 mg/dL), alto risco (abaixo de 70 mg/dL), risco muito alto (abaixo de 50mg/dL) e risco extremo (abaixo de 40 mg/dL).
De acordo com o cardiologista do Einstein Goiânia, esses refinadores de risco ajudam o médico a entender quem precisa de acompanhamento mais próximo ou tratamento mais intenso. Agora, o risco é visto de forma contínua, do baixo ao extremo, que inclui quem já teve infarto ou AVC. Essas atualizações, segundo o especialista, não têm o objetivo de rotular mais pessoas como doentes, mas de estimular cuidados antecipados e evitar complicações graves.
Embora as mudanças possam gerar dúvidas sobre o aumento do uso de medicamentos, Meneses esclarece que o foco permanece no estilo de vida. “As diretrizes reforçam o tratamento personalizado. Quem tem baixo risco segue focando em hábitos saudáveis; quem apresenta risco maior é tratado de forma mais intensa e específica, sempre com base em evidências científicas.”
Pressão: nova diretriz ajusta critérios para diagnóstico de pré-hipertensão
Com as novas classificações, pessoas consideradas “pré-hipertensas” passam a exigir atenção redobrada. Isso significa mais acompanhamento e mais conscientização, mas também mais oportunidades para prevenir doenças. O famoso ‘12 por 8’, que antes era o número ideal, hoje já é visto como um ponto de atenção. Pessoas com pressão entre 12 por 8 e 14 por 9 passam a ser classificadas como pré-hipertensas, um alerta para cuidar do estilo de vida, com alimentação equilibrada, menos sal, prática de exercícios e controle do estresse.
De acordo com o cardiologista, aferir a pressão regularmente e fazer exames de rotina se tornam atitudes essenciais. “Com um controle mais próximo, conseguimos ajustar o tratamento de forma individualizada e obter resultados duradouros”, explica Meneses. Na prática, as diretrizes incentivam uma mudança cultural, como cuidar do coração todos os dias. Alimentação com frutas, legumes, grãos integrais e azeite; atividade física regular; sono de qualidade e controle do estresse estão entre as recomendações centrais.
Sobre o Einstein Goiânia
A unidade de Goiânia foi inaugurada em 2021 e é o primeiro hospital Einstein fora de São Paulo. Com 18 mil metros quadrados de área total, pronto atendimento 24 horas, 35 leitos operacionais, terapia intensiva e serviço de transplante de medula óssea, também conta com a primeira plataforma de cirurgia robótica do estado, com início em 2022, onde já atingiu a marca de 1500 procedimentos realizados até o momento. Em 2024, inaugurou o serviço de pediatria, que oferece uma jornada completa de atendimento para casos de alta e baixa complexidade em crianças e jovens. Além da assistência, a unidade possui um centro de ensino, inaugurado em 2023, com mais de 30 cursos de pós-graduação nas áreas de saúde e administração hospitalar, além de diversos cursos de curta duração. No mesmo ano, lançou também um centro de inovação, cujo objetivo é desenvolver tecnologias que possam beneficiar o setor de saúde na região.
Novas diretrizes para colesterol e pressão arterial
As novas diretrizes brasileiras para colesterol e hipertensão reforçam a importância de identificar precocemente o risco cardiovascular e agir antes que as doenças se instalem. Segundo o cardiologista do Einstein Goiânia, Murilo Meneses, mesmo níveis intermediários de pressão arterial e colesterol já elevam o risco de infarto e AVC, o que torna indispensável uma avaliação mais personalizada, que agora inclui exames como Lp(a) e Apo-B e o uso do PREVENT Score. As metas de LDL passam a variar conforme o risco individual, que vai de baixo a extremo, sem o objetivo de rotular pacientes, mas de orientar intervenções adequadas no momento certo. Na hipertensão, a nova classificação amplia a atenção à pré-hipertensão, pressões entre 12/8 e 14/9, destacando a necessidade de hábitos saudáveis, controle do estresse e monitoramento regular.
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