sábado
“O crime organizado não vai fazer a polícia se ajoelhar”, garante Caiado em balanço Operação Cegueira Deliberada
Durante inauguração da
sede do Grupo Especial de
Combate à Corrupção (GCCOR) da Polícia Civil de Goiás (PC-GO), o governador
Ronaldo Caiado enfatizou
a importância de fortalecer
a Segurança Pública do Estado, possibilitando mais
liberdade aos investigadores no combate à corrupção. “Estamos protegendo
os goianos. O crime organizado não vai fazer a nossa
polícia se ajoelhar. Vamos
restabelecer, como já está
restabelecido, e será mantida a Segurança Pública em
Goiás”, afirmou.
No local, a Polícia Civil realizou um balanço da
Operação Cegueira Deliberada, que investiga casos de corrupção ocorridos
no dinheiro no Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO)
durante a gestão passada.
Os resultados do trabalho
desenvolvido pelo GCCOR
foram apresentados nesta
quinta-feira (7/11). A operação levou à prisão de sete
pessoas e ao cumprimento
de 55 mandados de busca e apreensão, sendo 32
contra pessoas e 23 contra
empresas, após apuração
de crimes de corrupção,
desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.
Tudo ocorrido nos anos de
2014 e 2015
Conforme o delegado
titular do Grupo, Rômulo
Figueiredo de Matos, a organização criminosa ofereceu,
de forma ilícita, a concessão
do serviço de vistoria veicular a uma única empresa.
“Verificamos inúmeras irregularidades no procedimento, como demonstração
de falsidade documental,
conluio entre as empresas,
uso de empresas fictícias,
habilitações indevidas e
uma série de outras irregularidades”, explicou.
Entre os alvos de mandado de busca e apreensão está o ex-presidente
do Detran-GO, João Furtado Neto. O proprietário
da Sanperes [empresa de
vistoria veicular], Daniel
Ganda dos Santos, foi preso temporariamente. Ainda
foram apreendidos 16 veículos e uma motocicleta,
obras de arte de artistas renomados, relógios de luxo e
dinheiro. As fraudes teriam
acarretado um superfaturamento e reajustes ilegais
acima de R$ 100 milhões
no período de 2015 a fevereiro de 2019.
Em relação à liberdade
possibilitada à Polícia Civil,
o delegado ressaltou que
essa organização criminosa
já havia sido investigada
antes, mas a operação foi
barrada. “Hoje, a PC está
tendo total autonomia por
parte do atual governo para
investigar os casos de corrupção”, e completou: “O
GCCOR irá cuidar de todos os fatos que precisam
ser apurados, doa a quem
doer, custe o que custar”.
Durante discurso, o secretário de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO),
Rodney Miranda, citou o
novo número do Disque
Denúncia, o 181, para incentivar a população a denunciar casos de corrupção
em todo o Estado. “É um
canal que a gente está oferecendo para que a sociedade nos ajude a descobrir
desvios na máquina pública. Já passou da hora das
pessoas se indignarem tanto com esse tipo de crime,
como se indignam com um
assassinato, feminicídio ou
assalto”, pontuou.
O delegado-geral da
Polícia Civil, Odair José,
elogiou a atuação dos delegados e agentes que insistiram em trabalhar nesta
Operação e reconheceu o
prestígio que o governador
concede à categoria. “Essa
operação de hoje, quando
se tentou levar para frente
em 2014, tive até que sair do
Estado, o Rômulo também
não conseguiu enfrentar os
que se antepunham. Agora,
sim, se realiza no ambiente
de um governo que prioriza
a transparência, que não
tem temor, que encara de
frente a criminalidade”, reconheceu.
Também estiveram no
local os secretários Henrique Ziller (CGE), Anderson
Máximo (Casa Civil), Valéria Torres (Comunicação),
Rafael Rahif (Esporte), Edival Lourenço (Cultura); o
comandante-geral da PM,
coronel Renato Brum dos
Santos; o comandante-geral do Corpo de Bombeiros,
Dewislon Adelino Mateus;
o diretor-geral de Administração Penitenciária, coronel Wellington Urzêda; o
presidente do Detran-GO,
Marcos Roberto Silva; o deputado estadual Eduardo
Prado; os superintendentes Marcos Egberto (Polícia Técnico Científica),
Wellington Bessa (Procon
Goiás), Vinícius Ney (Polícia Judiciária); o presidente
do Sindicato dos Policiais
Civis (Sinpol), Paulo Sérgio
Alves; além de delegados,
agentes, escrivães, papiloscopistas, bombeiros, policiais civis e militares.
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